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sábado, 4 de outubro de 2014

Descoberta da AIDS completa trinta anos, mas a doença existe há mais de cem

O primeiro caso de AIDS identificado no mundo ocorreu em junho de 1981, com cinco jovens homossexuais em Los Angeles (EUA). O acontecimento fará aniversário de trinta anos daqui a menos de dois meses. Apesar disso, já se descobriu que o vírus HIV circula entre os seres humanos há mais de cem anos. Uma dúvida freqüente da ciência é justamente o motivo pelo qual a medicina demorou mais de sete décadas para identificar corretamente o vírus da AIDS.
O caso dos rapazes de Los Angeles foi inicialmente identificado como pneumonia. Três meses depois do primeiro diagnóstico, exames revelaram a presença de um retrovírus que ataca diretamente as células do sangue. Quando foi mais bem conhecido, o vírus foi nomeado “human imunodeficiency virus”, o HIV.
Pouca gente conhece o SIV (simian imunodeficiency virus), que é um “equivalente” entre os macacos do causador da AIDS. A teoria mais aceita para o surgimento da AIDS entre os humanos é que o vírus ingressou na nossa espécie a partir de aldeias no Oeste da África, que se alimentavam de macacos.
Duas amostras de sangue, coletadas há 50 anos (mas analisadas apenas em 2008), deram essa resposta. Na República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), examinaram uma amostra de 1959 e outra de 1960, e ambas continham o vírus. Observando os genes contidos no sangue, remontaram o surgimento do vírus entre 1902 e 1921, ou seja, no mínimo há 90 anos já havia portadores do HIV.
A partir dessas amostras e de exames subseqüentes, foi possível traçar o provável caminho que o HIV percorreu pelo mundo. Deixando a África Subsaariana, migrou com algum viajante para o Haiti, e chegou aos Estados Unidos em 1969, onde seria descoberto doze anos depois. É a baixa ocorrência do vírus, segundo um cientista britânico, o que explica a demora da ciência em descobrir o vírus. Estima-se que apenas 4000 pessoas continham o vírus em toda a África no início dos anos 60, data das amostras, ou seja, foi como uma agulha no palheiro encontrar duas pessoas portadoras entre milhões de amostras.
Os cientistas admitem, de maneira geral, que não seria mesmo fácil detectar o vírus HIV. Quando os quatro jovens em Los Angeles foram identificados como portadores em 1981, já havia nada menos do que 100.000 casos não esclarecidos da doença só nos Estados Unidos. Na África, onde a medicina ainda é bem mais atrasada hoje, imagine há cinquenta anos, não é surpresa que o HIV tenha passado setenta anos sem ser identificado.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Centro entrega lista de nazistas que podem estar vivos

Centro Simon Wiesenthal entregou à Justiça da Alemanha uma lista de 80 nazistas que ainda podem estar vivos


Adolf Hitler

Jerusalém - O Centro Simon Wiesenthal, que persegue ex-criminosos nazistas, entregou à Justiça da Alemanha uma lista de 80 ex-membros dos Einsatzgruppen, os esquadrões da morte do Reich de Adolf Hitler, que ainda podem estar vivos, indicou o diretor da organização, Efraim Zuroff.

"Enviamos à justiça alemã uma lista de 80 membros dos Einsatzgruppen", declarou Zuroff à AFP em Jerusalém.
Os comandos paramilitares Einsatzgruppen foram responsáveis ​​pela morte de mais de um milhão de judeus nos territórios conquistados na ex-União Soviética, Polônia e no Leste Europeu, indica o Centro Wiesenthal em um comunicado.
Os 76 homens e quatro mulheres, cujos nomes foram fornecidos aos ministros da Justiça e do Interior da Alemanha, nasceram entre 1920 e 1924 e são "os que têm mais probabilidade de estarem vivos e saudáveis o suficiente para serem processados", afirmou.
Além dos poucos ex-membros dos Einsatzgruppen, "consideramos que 2% dos ex-criminosos nazistas ainda estão vivos, e quase metade ainda podem ir a julgamento", disse Zuroff.
Os Einsatzgruppen, formados sob a liderança do SS Reinhard Heydrich, um dos principais arquitetos do Holocausto, desempenharam um papel de liderança na implementação da "solução final".
Eles foram usados ​​primeiramente para parar os comunistas checos e opositores alemães, e eliminar elementos "indesejáveis" da população alemã.
Eles, então, estenderam suas missões contra populações civis, em apoio ao exército alemão, atacando as elites polonesa e judaica, comunistas soviéticos e ciganos.
Fonte:http://exame.abril.com.br/