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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Torcidas organizadas: A face da violência no futebol

Por: Ricardo Júnior
A violência no Brasil vem tomando diversas proporções, atualmente até aqueles que buscam diversão no esporte esta se deparando com criminosos transvestidos de torcedores, o que era para ser lazer esta se tornando motivo de brigas e mortes. Essa realidade esta tomando conta dos estádios de futebol em nosso país, é evidente que esse problema não é somente brasileiro, é um problema universal, pois existem torcedores briguentos até no futebol Europeu, que em sua cultura é tido como um dos povos mais bem educados do mundo. Os que assolam os desportistas na Inglaterra principalmente são os famosos HOOLIGANS, que em diversos jogos vem trazendo o terror e apologia ao nazismo.


Contexto Histórico das T.O no Brasil.


Torcida organizada é a denominação dada a uma associação de torcedores de um determinado clube esportivo no Brasil. A maioria das torcidas brasileiras são uniformizadas, ou seja, seus membros usam roupas com a marca da própria torcida . No Brasil, o precursor das torcidas organizadas foi o São Paulo Futebol Clube. Criada em 1939 na Mooca pelo cardeal são-paulino Manoel Raymundo Paes de Almeida com o nome de Grêmio São-Paulino, a TUSP — Torcida Uniformizada do São Paulo — foi a primeira torcida uniformizada do Brasil. A torcida era conhecida por ser muito  entusiasmada e por fazer comemorações por conta própria com serpentinas e confetes. Ela esteve presente, por exemplo, na Inauguração do Estádio do Pacaembu em 1940. No Sport Club Internacional, Vicente Rao, em 1940 criou a primeira torcida organizada do Rio Grande do Sul, hoje, Camisa 12. Contudo, as torcidas organizadas no modelo que temos hoje são mais recentes. Datam do final de 1960, sendo que, no Rio de Janeiro, a mais antiga é a Torcida Jovem Fla, do Flamengo, nascida em 1967 (talvez a mais antiga do país), e em São Paulo, a mais antiga é a Torcida Jovem Amor Maior, da Ponte Preta, de Campinas, SP, que é de março de 1969.

Curiosidades.

Normalmente, as associações dos torcedores organizados adotam um mascote próprio e é a partir daí que ele irá desenvolver diversos produtos com a marca da torcida. Alguns dos clubes esportivos repassam ingressos às suas respectivas torcidas uniformizadas, para que acompanhe os eventos e façam o uso dos ingressos para conseguir lucratividade, isto é, vendem as entradas para outros torcedores com um preço maior. Durante os jogos, as torcidas organizadas utilizam diversos tipos de materiais, entre eles; bandeiras de grande porte, bandeirões, faixas com o nome da torcida e fogos de artifício. Dentro das torcidas organizadas há uma estrutura de hierarquia, os cargos mais importantes são: presidente, vice-presidente e tesoureiro. Na maioria das vezes esses cargos são remunerados, são pagos com a renda obtida das mensalidades pagas pelos membros e pela venda de produtos ligados à torcida. Essas torcidas criam gritos de guerra e músicas para exaltarem seus clubes e implicarem a torcida adversária. No Brasil, a partir dos anos 90, vários livros explicam melhor o funcionamento das torcidas organizadas. Entre eles podem ser destacados: "Torcidas Organizadas de Futebol", de Luiz H. Toledo (Campinas: Autores Associados/Anpocs, 1996); "Torcidas Organizadas de Futebol: violência e autoafirmação.Aspectos das novas relações sociais", de Carlos A. M. Pimenta (Taubaté: Unitau, 1997); "Torcer, lutar ao inimigo massacrar: Raça Rubro Negra", de Rodrigo de Araujo Monteiro (Rio de Janeiro: FGV, 2003), e "Torcida Fúria Independente: reflexões e histórias acerca da maior organizada de interior no centenário do Guarani Futebol Clube", de Vanderlei de Lima (São Paulo: Ixtlan, 2011).

As associações de torcedores organizados usualmente adotam para si um mascote próprio. A partir dele, será feito a divulgação e comercialização de toda uma série de produtos envolvendo a marca da torcida.
Além disso, é comum o uso de símbolos e gestos corporais designados como oficiais dos movimentos. Normalmente, são feitos gestos com as mãos e com os braços, formando cruzes, triângulos, x, entre outras figuras mais.

A partir de todas essas informações concluímos que o ideal seria entusiasmar o seu time do coração, torcer, animar as arquibancadas, promover um verdadeiro espetáculo. No entanto não é isso que estamos vendo na pratica, a violência no futebol vem ganhando força, desde 1980 esses grupos chamados de "torcedores", estão afugentando as famílias dos estádios de futebol, são eles na maioria das vezes os responsáveis por desavenças e punições aos seus próprios clubes que eles dizem "AMAR", que amor é esse? Que prejudica, causa transtorno e prejuízo? Honestamente não entendo esse "Amor", seria ele platônico?  Na verdade não passa de uma grande Utopia.

Muitos jovens já tiveram a sua vida ceifada por essas agremiações, em toda grande maioria sempre ali estará pessoas com intenção de marginalizar a coisa, foi assim nos protestos por todo o Brasil que terminou em vandalismo no período da copa da confederações 2013, e podemos usar o mesmo exemplo para as Torcidas organizadas. Existem pessoas de bem, não podemos generalizar, porém existem aqueles que encontraram nas T.O uma maneira para impor os seus instintos desviantes.

Tem-se tornado comum também, da parte das autoridades civis e militares ou de estudiosos,reuniões ou manuais para ajudarem as próprias torcidas organizadas a trabalharem pela paz em seus meios, embora boa parte delas pareça pouco se interessar pelo assunto. Dentre os trabalhos pelo bem das torcidas organizadas devem ser destacados os do então promotor de Justiça Paulo Sérgio de Castilho que organizou o 1º Seminário Nacional de TOs, em São Paulo, entre os dias 4 e 5 de julho de 2009, e que continuam sendo realizados no país, bem como a atuação da Toppaz (Torcida Organizada Pela Paz), que atua desde 2011 no Brasil e cujo fundador, professor Vanderlei de Lima, publicou, junto com Felipe B. Tobar, especialista em Direito Desportivo, e Hermenegildo Cappatti, especialista em Direito Civil e Penal, o livro "O protagonismo das torcidas organizadas na promoção da paz:ações preventivas e eficazes nos estádios e suas adjacências, segundo a legislação e o bom senso".

Campanhas já foram feitas, e inclusive está sendo feitas para trazer a Paz de volta aos estádios, como asseverei acima, uma grande parte delas não querem participar de tais movimentos, as autoridades não podem deixar acabar com o brilho dos jogos de futebol por conta de meia duzia de marginais, está mais do que na hora de punir severamente os membros das torcidas que não andarem na linha, dentro e fora dos estádios. Cadê as carteirinhas de identificação que a tanto já se prometia? A carteirinha de identificação facilitaria e muito aos órgãos competentes punir os que cometerem atos desviantes de vandalismo, mas as autoridades só estão no campo do dialogo, e dele não saem.

Acordem senhores promotores do ministério publico, legisladores, presidente das  diversas instituições esportivas, esses grupos de criminosos irão arruinar cada vez mais o já sofrido futebol brasileiro, é preciso uma união dos clubes de futebol em prol do seu maior patrimônio que são os seus torcedores, não da para aguentar vermos cenas de selvageria dentro e fora dos estádios como estamos nos deparando recentemente.
Porque ainda não criaram uma delegacia especifica para os crimes cometidos por esses bandidos?

Se a possível solução das carteirinhas de identificação falhar, que proíbam esses vândalos de frequentar os estádios, aumentem a punição para aqueles que cometerem atos de vandalismo em patrimônios públicos e privados, leis já existem, porém é preciso ter um reajuste nelas. Não fiquem de braços cruzados assistindo a violência tomar de conta até dos nossos lugares de lazer e esporte, como se já não bastassem estarmos convivendo com a violência no dia-a-dia.

É hora de agir, antes que mais outras pessoas percam as suas vidas.

Abaixo videos relacionados com o tema abordado:










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