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quarta-feira, 4 de março de 2015

De bobo o PMDB não tem nada

Por: Ricardo Júnior

Sabe-se que no Brasil o Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) é de folga o maior partido político do país, contando com nada mais, nada menos, que 2.355.472 filiados (maio de 2012), apesar de não ter elegido de forma direta nenhum presidente da república, é imprescindível que qualquer governo que se preze deva ter o seu apoio majoritário para não enfrentar dificuldades em aprovação de projetos. 

No congresso federal dos 513 deputados, 80 são do PMDB, já no senado o numero de políticos filiados ao partido  é de 18, dos 81 senadores. Tais números prova a tamanha importância que tem o partido no cenário político brasileiro, vale ressaltar que a presidência de ambas as casas também pertence ao PMDB. 

O PMDB é atual aliado do governo federal, no entanto, não vem sendo tratado como deveria ser por parte do seu aliado PT, em deliberações tomadas pelo governo o partido não tem sido chamado para participar. Muitos caciques do partido vem se queixando da forma que o partido vem sendo tratado pela presidenta Dilma, esse tratamento esta causando um grande mau estar entre a cúpula governamental. Dentro dessa sopa esse fato é apenas um ingrediente a mais que a torna mais saborosa, outro fator agravante para a relação entre ambos "aliados", é justamente a criação de um novo partido que é encabeçado pelo ministro Gilberto Kassab (PSD), o nome da nova legenda que esta se formando é o Partido Liberal (PL), a finalidade da criação de mais uma sigla é fortalecer a base aliada e diminuir a dependência do PMDB. 



O ministro Gilberto Kassab não esta tendo vida fácil nessa nova empreitada, fora aprovado recentemente pelo presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL), um projeto de lei 23/2015, que torna mais rigorosa a fusão e criação de novas legendas. 

O projeto, que segue para sanção presidencial, cria um período de "quarentena" de cinco anos da data de registro para que os novos partidos possam se difundir, ou se incorporar a novas legendas.

Percebe-se de forma nítida a briga interna dentro da base do governo Dilma, do poder pelo poder, o PT se sente ameaçado com a forte presença do PMDB em suas fileiras, afinal, vale lembrar que o seu maior aliado ja anunciou que em 2018 concorrerá a presidência, seria colocar água no chopp dos Petistas que asseiam pela volta do seu "supremo líder", o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. 


Destarte, o que hoje são "aliados", em um amanhã não tão longicuo podem se tornar rivais, os mandos e desmandos da presidenta Dilma não tem sido acatados como em tempos de outrora, se vê um PMDB mais oposição do que nunca, com o impeachment que a oposição tanto quer beneficiará o vice Michel Temer, que passará a ser o novo presidente da republica, mudando de vez o cenário político atual. Vamos esperar para vê o desdobramento dessa novela política que se apresenta ao cenário nacional.

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