De acordo com o principio da igualdade humana posto na constituição cidadã de 1988, assevera que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza... Pois bem, a câmara dos deputados federais na terça feira (03/03/15) passada feriu essa clausula pétrea ao aprovar a lei que aumenta a pena para quem matar mulheres por razão de gênero. Ora, "se todos são iguais perante a lei", por quê matar uma mulher por simplesmente ser mulher é algo mais gravoso que matar um homem? Onde fica a coerência nesse discurso?
Daqui a pouco irão aprovar pena mais grave para quem matar um homossexual, depois, virá os evangélicos pedirem penas mais graves para quem matar um dos seus, virão os gordos, carecas, todos reivindicando agravo em crimes cometidos contra sua pessoa só pelo fato físico, estético e religioso. Já se discute a homofobia, ainda bem que não é crime em nosso ordenamento jurídico. Independente de ser mulher, homem, animal, homossexual, hétero e por ai vai, crime é crime e deve ser punido de forma rígida sem que inventem modalidades que só fazem encher linguiça e nada resolvem. A problemática da violência esta em todas as esferas, contra a mulher, contra o homem, contra professores e professoras, contra moradores de rua, contra homossexuais, enfim... é preciso olhar de forma ampla como conduz a constituição, mas os políticos querem tapar o sol com uma peneira e dar resposta ao povo com novas leis desnecessárias ao invés de melhorar o tanto que ja temos em nosso ordenamento jurídico.
Como diria o filosofo Marcus Tullius Cícero - "Enquanto mais leis, menos justiça". Reflitam!
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