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sábado, 12 de outubro de 2013

Heróis esquecidos

Por: Ricardo Júnior
Em 1939 começava na Europa uma guerra envolvendo, Inglaterra, França, Polônia e Alemanha. Essa Guerra aos poucos foi tomando grandes proporções, e em paralelo o Brasil e os Estados Unidos foram lucrando, exportando armamentos bélicos (EUA), algodão(Brasil), entre outros produtos. Para ambos os lados.
Até ai tudo bem, o  nosso país estava tranquilo, Brasil passando por diversas transformações sociais, e grandes conquistas, uma delas posso até citar, a criação da jornada de trabalho a qual conhecemos nos dias atuais, entre tantas outras conquistas. O Brasil estava em pleno "governo provisório" de Getúlio e seus anseios, tudo que ocorria na Europa em nosso país não era considerado de tamanha relevância, tanto por parte da mídia nacional quanto por parte dos próprios brasileiros.
Um acontecimento determinante  mudou todo esse panorama, o ataque japonês a base avançada dos EUA  no Caribe conhecida ilha como Pearl Habor em 1942, gerou de fato uma guerra mundial, pois os EUA declarava guerra aos Japoneses. Tudo isso balançou as estruturas de diversos países que tinham uma relação estreita de comércio com os norte americanos. O Brasil foi um deles, bastante pressionado pelo governo de Washington a entrar na guerra em 1942, o Brasil só embarcou na luta em 1944 quando navios cargueiros brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães, porém o Brasil através de seu astuto governante Getúlio Vargas, não entrou na guerra de graça, pediu ajuda financeira americana para financiar a industrialização do país, com a construção da Vale do Rio doce, e da siderúrgica nacional.
Os "pracinhas" que eram assim chamados embarcaram rumo a Itália, sendo o 25° regimento com 27.500 mil soldados efetivos de diversos estados, vale salientar que predominante eram os mineiros, outro fato bastante curioso é que não se tinha nas tropas brasileiras gaúchos, devido aos fortes laços descendentes com alemães e italianos.
Lutaram sob as ordens do Comandante Mascarenhas de Moraes, muitos foram feridos, feridas físicas e psicológicas, já outros morreram pelo seu país em solo Italiano, derramaram seu sangue para que depois poucos fossem reconhecidos pelo estado.

Os pracinhas tiveram não somente uma participação importante na história mundial, como também foram os divisores de águas em nossa política, pois lutavam contra regimes ditatoriais, e em seu próprio país o presidente era um ditador, com o fim da guerra, chega-se ao fim de um período de 15 anos da ditadura varguista. Os pracinhas são momentaneamente tidos como heróis, festas foram feitas para recepciona-los.
Passou-se  25 anos depois da 2° guerra mundial, e ex combatentes ainda não haviam recebido a indenização por parte do governo federal. Hoje são poucos os documentários do Brasil na segunda guerra, produções cineastas são pouquíssimos, irrelevante para a sociedade brasileira. Privilégio tem aqueles que em sua casa reside heróis do passado, estes sim tem muitas histórias para contar e recontar, muitos deles esquecem do que comeram no café da manhã, porém jamais esquecem o que passaram em Montese e Monte Castelo, na Itália.

O sentido nacionalista por parte do povo brasileiro se perdeu com o passar dos anos, as vezes chego a me indagar o "por quê?", mas sem sucesso de encontrar respostas para a tal. Consciente sou, valorizo a história de meu país, porque sei da riqueza que é o domínio do conhecimento, devemos saber darmos valor ao que realmente merece, me canso de ver filmes narrando a historia de pessoas como; Rita Cadilac, Bruna Surfistinha, Lula, esses são os heróis do país? Aqui em nosso país a bunda vale mais do que  a mente, isso é Brasil. 
A luta dos brasileiros em uma época obscura da história da humanidade, jamais serão esquecidos pelos verdadeiros brasileiros, mais que tudo, seremos conscientes de que aqueles que morreram na 2° guerra mundial deram as suas vidas para garantir o nosso futuro, jovens trocaram a sua juventude pela nossa.


Viva aos pracinhas! viva ao povo brasileiro!




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